A música venceu!!!




Não sou e nunca fui uma conhecedora de música clássica. Admito que ela não ocupa um lugar de destaque no meu cotidiano. Mas eclética que sou, aprecio algumas peças e já assisti apresentações de cordas, piano e até um concerto, ao vivo.

Faz alguns anos que comecei a perceber a existência de um “tal” maestro, o qual conheci pela mídia. Depois me interessei em saber sobre seu trabalho e histórico de determinação. Ele sempre me surpreende quando cruza a minha vida. Cheguei a comprar sua biografia, mas confesso que ainda não li.

João não é mais um no meio de milhares de Joãos que vemos todos os dias. E diferente do que muitos acreditam, ele está longe de ser um amante da música.  Na minha concepção João Carlos Martins é a personificação música: em carne, osso e cabelos brancos.

Apesar da formação clássica, João e a Orquestra Bachiana Jovem Sesi-SP fizeram várias apresentações dos clássicos sertanejos, junto com a dupla Chitãozinho & Xororó.

Já em 2011 o maestro levou a música clássica para o sambódromo de São Paulo. Foi homenageado pela escola de samba Vai-Vai com o enredo “A música venceu”. Vitorioso na vida e na arte, João regeu o desfile, e sua história contada na avenida levou o primeiro lugar no carnaval daquele ano.

Muitas vezes me emocionei com o homem que teve que se fazer maestro, mas sempre desejou ser unicamente pianista.

E depois da noite de hoje, tantas outras coisas fizeram sentido. A vontade de aplaudir de pé, o nó na garganta, as lágrimas brotando e claro, o retrato das loucuras, desventuras e até aparentes doenças que transformam homens comuns em gênios.

“João, o maestro” chegou às salas de cinema de Rio Preto e eu o defino como um bálsamo para a alma. Uma lição de vida, de superação a dor física e emocional.

Eu fico extremamente tocada ao ver pessoas que têm uma razão para viver, e que por ela são capazes de superar qualquer obstáculo, qualquer medo, qualquer dor, mesmo que vida lhe derrube mil vezes, lhe torture com requintes de crueldade.

Obstinado? Obsecado? Eu ainda fico com a definição de apaixonado, porque em seu auge a paixão é capaz de levar uma pessoa a perder o juízo. Só que a música para João não foi uma paixão passageira, ou daquelas que se transforma em amor e apazigua a cólera.

Recomendo o filme para todos aqueles que já encontraram, ou que ainda buscam encontrar, a sua razão de viver.

Eu sei que, independente do que a vida ou o destino tenham determinado, enquanto João Carlos Martins viver, ele dará um jeito de fazer seus dedos bailarem pelas teclas do piano. E mesmo quando ele se for, seu exemplo ficará para as próximas gerações.  


Por fim quero pontuar as atuações dos três atores que representaram João, em diferentes etapas de sua vida: Davi Campolongo, Rodrigo Pandolfo e Alexandre Nero. #AMúsicaVenceu #VieVivi

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